Sex and the City - Candace Bushnell
Comecei a assistir a série aleatorimente no canal Multishow e, sinceramente, em um primeiro momento pensei se tratar de uma série de comédia sobre quatro amigas solteiras. Depois de cinco ou seis episódios, comecei a perceber que Sex and the City era um pouco mais que isso. Em um formato estilo documentário, os primeiros episódios te levam a estatísticas alarmantes como: a falta de homens solteiros em Manhattan, a quantidade imensa de mulheres acima dos 40 que ainda não têm parceiro fixo, a mesma quantidade absurda de mulheres mães solteiras que encaram diariamente dupla jornada de trabalho e por aí vai.
As mulheres brasileiras podem se perguntar: isto é um fato que ocorre em Manhattan, eu não moro lá, não vou me preocupar com isso... porém, eu acho que este fenômeno não está isolado em uma única cidade, isto é um reflexo mundial da modernidade. Mulheres estão indo á luta e conquistando seu espaço. Não, não é um discurso feminista. É a pura realidade.
Após assistir a série, fui procurar o livro, da autora Candade Bushnell. Achei um em versão pocket na Livraria da Travessa, que por sinal, tem uma infinidade de pockets ótimos. O livro é um pouco cansativo e assim como a série, apelativo. Para mim, existe uma diferença entre erótico e apelativo, e no caso do livro e da série, achei o erotismo um pouco forçado. Há também muita vulgaridade desnecessária. Não sei talvez pelo marketing que isto proporciona ou pela própria série se chamar 'Sex and the City' (Sexo e a Cidade). Ou seja, como a própria Carrie cita: 'Nós mulheres modernas fazemos sexo como os homens', ou seja, casualmente, sem se preocupar com o amanhã. Afinal, quem precisa de homens se temos independência?
Aí está a questão... mesmo independentes, realizadas profissionalmente, motorizadas e dispondo de apartamento próprio, as mulheres, mesmo aquelas que moram onde tudo acontece, buscam um relacionamento estável e o casamento. Não tem jeito... uma hora irá fazer falta.
Carrie sonha em se casar com Mr. Big, um divorciado, avesso á compromisso, que durante a série (e também o livro), afinal não dá para falar de um sem o outro, passa por idas e vindas.
Mr. Big, seria o retrato do homem bem sucedido que não conseguiu levar nenhum casamento a diante.
Os cenários onde Carrie e Big se encontram são sempre luxuosos restaurantes e casas noturnas famosas, ou seja, o cara não se incomoda em gastar, desde que, isto não lhe renda maiores compromissos. Porém, eles se gostam, há uma química interessante entre eles. É aí, que surge o paradoxo: o solteiro indomado apaixonado. Isto jamais poderia ocorrer nos planos de Big e é aí que a história se desenrola em um possível final feliz ou não.
Algo que me chamou a atenção e acredito que mais ainda das revistas de moda, são os visuais exóticos de Carrie Bradshaw. Chapéus, bordados, cores, sapatos e bolsas estravagantes. Carrie adora um luxo e não se importa em gastar muito com isso.
Assisti o primeiro filme no cinema. Achei longo demais e novamente apelativo, o 2º ainda não consegui ver, mas estou curiosa para saber se Carrie irá finalmente tirar Big das prateleiras do mercado das solteiras.