Olá!
Muitos leitores aqui já conhecem o trabalho da autora Leila Rego, idealizadora da série 'Pobre Não Tem Sorte' e outros títulos. Mas nesta entrevista, Leila conta um pouco sobre sua série de sucesso e como entrou no universo literário. Esta paranaense cheia de talento para a escrita conta também como 'Mariana', sua personagem da série PNTS 'veio ao mundo. Esta paranaense, que escrevia para aliviar o stress, transformou o hobbie em profissão. Confira!
1 – Primeiro, gostaria que contasse um pouquinho de sua trajetória literária.
Eu escrevo há seis anos. Tenho três livros publicados – os dois primeiros volumes da série 'Pobre Não Tem Sorte' e o 'Amigas (im)perfeitas'. Escrevo romances, comédias românticas ou, como é mais conhecido, chick-lits. E adoro o que eu faço. Além dos três livros publicados já tenho dois finalizados e aguardando revisão da editora. Aguardem!
2 – Como decidiu se tornar escritora?
Até uns sete anos atrás eu trabalhava como Analista de Recursos Humanos em uma multinacional americana em São Paulo capital. O ambiente lá era “superpesado” em termos de pressão, estresse, competição, etc... Para aliviar essa carga de tensão, eu escrevia histórias diversas, contos, crônicas, etc. Era o meu hobby. Sempre gostei de escrever, até mesmo histórias para ler pro meu filho dormir à noite. Deixava minha mente vagar e ia escrevendo em um caderno. Dessas histórias, nasceu a personagem Mariana, protagonista da série PNTS. Gostei tanto dela que fui criando ambientes para ela, depois um enredo e outras personagens... Sentia tanto prazer ao escrever a história da Mariana que eu me via incluída em sua história, querendo criar mais coisas, mais cenários, mais complicações... E foi assim, dessa forma natural e despretensiosa que me tornei escritora. Mariana me incentivou!
3 – Em ‘Pobre Não Tem Sorte 1’, você narra as aventuras de Mariana, uma alpinista social muito divertida. Em que autores, personagens ou pessoas você se inspirou para compor a protagonista?
Realmente, a Mariana se tornou uma alpinista social e queria atingir seus objetivos a qualquer custo. Sua futilidade é proposital, pois queria falar do consumismo exagerado, de valores distorcidos e da obsessão por marcas e status que muitos têm. Esses fatos sempre me incomodaram de alguma forma. Sei que a culpa é desse mundo capitalista de hoje que nos “escraviza” desde cedo. Afinal, antes de sermos leais, honestos, bons e educados temos que ser lindos, magros, descolados e andar na moda. Cansada dessa realidade, achei que seria bacana falar desse assunto e levar as pessoas a refletir. A Mari foi inspirada em várias “Maris” que vi, conheci, convivi ao longo da vida.
4 – Você acredita que o consumismo faça parte da vida moderna?
Sim, com certeza. Todos nós somos consumistas. Precisamos consumir para sobreviver. O que eu vejo de errado no consumo é a falta de dosagem, especialmente do que é supérfluo. Tudo que é exagerado faz mal. E foi observando esse lado do consumismo que escrevi a série PNTS.
5 – Você recebe muitos e-mails de leitoras?
Recebo sim. Ainda hoje pela manhã eu recebi dois e-mails de alunas de uma escola no interior de Minas Gerais, onde meu livro está sendo divulgado. Nossa, me emocionei demais com o carinho das meninas. É tão recompensador saber que meus livros emocionaram alguém.
6 – Tem algum projeto literário em vista?
Como disse, tenho dois romances inéditos prontos (sendo revisados) e estou escrevendo o PNTS3, que foi pedido pelos leitores. Muita coisa boa ainda vai acontecer esse ano. Vocês não perdem por esperar. (risos).
7- Quem são seus autores nacionais preferidos?
Nossa, tem muito autor talentoso nesse país. Admiro muito a escrita e a sensibilidade de Martha Medeiro, Clarissa Corrêa. Meus amigos do Novas Letras, Patrícia Barboza, Tammy Luciano, Fernanda França e Enderson Rafael também mandam muito bem.
8 – Você acredita que o gênero ‘Chick – lit’ tem crescido no Brasil?
O Chick-lit é um gênero que quase todo mundo gosta porque é uma leitura leve e relaxante. E que, sim, tem ganhado espaço nas prateleiras e nos corações dos leitores brasileiros.
9 – A capa de ‘Pobre Não Tem Sorte’ é bastante significativa. Como foi o processo de escolha da arte?
Quando a editora me perguntou como eu imaginaria a capa para o livro eu pensei na Mariana em frente ao espelho. O que reflete é o que ela quer a qualquer custo, mas a imagem real é outra coisa: é a sua realidade. Acho que acertei, pois a capa sempre chama atenção de quem pega o livro nas mãos.
10 – Gostaria que deixasse um recado para os leitores e autores que estão lendo esta entrevista.
Obrigada pelo apoio e por divulgar os autores nacionais, em especial ao meu trabalho. E aos leitores, peço que leiam mais nossos livros. Vocês irão se surpreender com tantas histórias lindas.